Esta é minha primeira participação, como colunista, no espaço do Empreendedorismo Rosa, por isso agradeço imensamente a oportunidade e convido todas as mulheres, que são empreendedoras ou que ainda não são, a ler a minha coluna. Para começar vou contar um pouquinho da minha trajetória…
Tudo começou quando eu era criança e logo descobri meu lado artístico, que sempre foi muito incentivado pela minha mãe, com isso eu pensei em seguir a carreira profissional como arquiteta, cheguei a pensar em Direito e logo decidi que seria Moda, até que a minha tia que é pedagoga me apresentou o curso de Design de Produto, quando eu estava naquela fase de cursinho e tinha que decidir imediatamente qual o curso que iria fazer.
Depois disso nunca mais tive dúvida sobre a minha carreira, eu seria uma designer. Eu sempre tive vontade de fazer a minha faculdade no exterior, mas meus pais ficaram com receio e me prometeram que o mestrado eu poderia fazer em outro país desde que a graduação fosse em Curitiba. Para já ir “experimentando” a vivência sozinha, fui para encontros e cursos de design em Manaus e São Paulo, nos primeiros anos de estudo. A partir do segundo ano dei voos mais altos e viajei para fazer cursos de curto prazo na Itália, Alemanha e Argentina.
Terminei a faculdade e fui terminar meu curso de inglês para que eu pudesse me matricular no meu tão sonhado mestrado em Desenvolvimento Sustentável na Alemanha. Enquanto isso, fui trabalhar em uma empresa de convites e papelaria fina, gostava muito de lá, mas nunca pensei que seguiria este ramo, até eu ir fazer o curso e teste do Tofel nos Estados Unidos. Logo após tudo mudou, foram dois meses de experiências e muita reflexão que acabei mudando todo o rumo do meu destino e decidi voltar e ficar no Brasil junto com o meu namorado e não ir mais me aventurar sozinha pela Alemanha.
Pedi para sair do meu emprego em março, e fui abrir minha própria empresa. Conheci a incubadora StartUP da Universidade Positivo, inscrevi-me e passei na seleção em maio de 2013, com isso tive todo o apoio para abrir a minha startup que se chama We Art, vai ser um e-commerce de cartões profissionais e sociais e itens de papelaria e escritório personalizados com design exclusivo e inovador. A incubadora me impulsionou e me deu coragem para que eu sozinha, com 23 anos, pudesse ter o meu próprio negócio sem sócio algum.
Não tenho ninguém empreendedor na minha família, mas sempre pude perceber que me diferenciava dos demais, desde pequena era líder em grupinhos da escola, sempre fui autêntica e muitas vezes fui motivo de piada entre os amigos por isso. Acredito que duas palavras resumem um empreendedor: coragem e conhecimento. Hoje vejo como é difícil abrir uma empresa sozinha sendo mulher e ainda tão jovem, por isso ter conhecimento é algo primordial. Com estudo e muita pesquisa ganhamos fundamentos que nos dão segurança e credibilidade no mercado.
Para as mulheres que compartilham do mesmo tipo de história que a minha ou as que se inspiraram na minha trajetória, convido para que no próximo mês leiam as minhas dicas de como abrir seu próprio negócio. Vou tirar dúvidas também sobre a diferença de uma startup e uma empresa, e aprofundar todas vocês no mundo de incubadoras e aceleradoras. Aguardem!
Maria Augusta Sebastiani Ribas é formada em Design de Produto pela Universidade Positivo, participou de cursos e workshops na área de Design, Arte e Cultura no Brasil, Argentina, Itália, Alemanha e Estados Unidos. Atualmente está abrindo sua startup incubada na Universidade Positivo, a We Art, que recentemente ganhou o prêmio Destaque do SEBRAE. Sócia-fundadora do projeto de empreendedorismo social, Circulê.
